30 de setembro de 2010

O Vampiro de Heinrich August Ossenfelder


O vampiro é uma das entidades fictícias que dominam o imaginário do horror ocidental desde, pelo menos, o início do século 19. A literatura e o cinema trataram de eternizar algumas desas criaturas. Na literatura a criatura apareceu pela primeira vez no poema O Vampiro (der Vampir) de Heinrich August Ossenfelder (1748). Autores de destaque, como Charles Baudelaire e Lord Byron, também dedicaram poemas a vampiros, aqui postarei o poema "O vampiro" para que possam ver o belo e magnifico poema, com sorte achei ele traduzido também então aqui vai.

O vampiro (Der Vampir) – 1748

Heinrich August Ossenfelder; tradução de Henrique Marques-Samyn


Minha amada jovem crê
– sem vacilo, firme e rígida –,
nas lições que lhe transmite
sua piedosa mãe;
e, como o povo do Tisza,
ela crê em fatais vampiros,
qual os heiduques, com fé, creem.
Pequena Cristina, aguarda –
tu, que o meu amor evitas;
de ti logo hei de vingar-me:
beberei hoje um tocai
– um brinde para um vampiro.
Suavemente adormecida,
de tua formosa face
hei de o púrpura sugar.
Então, hás de estremecer
no instante em que te beijar –
e qual um vampiro beijar:
quando, ao fim, fremir teu corpo
e em meus braços desmaiares
assim como tomba um morto,
então hei de perguntar:
minhas lições não superam
as de tua mãe bondosa?


Original:
Der Vampir

Mein liebes Mägdchen glaubet
Beständig steif und feste,
An die gegebnen Lehren
Der immer frommen Mutter;
Als Völker an der Theyse
An tödtliche Vampiere
Heyduckisch feste glauben.
Nun warte nur Christianchen,
Du willst mich gar nicht lieben;
Ich will mich an dir rächen,
Und heute in Tockayer
Zu einem Vampir trinken.
Und wenn du sanfte schlummerst,
Von deinen schönen Wangen
Den frischen Purpur saugen.
Alsdenn wirst du erschrecken,
Wenn ich dich werde küssen
Und als ein Vampir küssen:
Wenn du dann recht erzitterst
Und matt in meine Arme,
Gleich einer Todten sinkest
Alsdenn will ich dich fragen,
Sind meine Lehren besser,
Als deiner guten Mutter?

Um comentário:

  1. Olá Alucard, agradeço pela postagem do poema de Ossenfelder (tanto o original quanto a tradução creditada). Gostaria de tirar uma dúvida: o Charles Budelard o qual você se refere não seria Charles Baudelaire? Se sim, ele é francês e não britânico.
    Mais uma vez obrigada!

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