28 de março de 2013

Morte




"É apenas isto: se você vai ser humano, tem um monte de coisas no pacote.
Olhos, um coração, dias e vida. Mas são os momentos que iluminam tudo.
O tempo que você não nota que está passando... é isso que faz o resto valer."

"O grande momento da vida!"


Talvez este seja o melhor modo de definir a irmã mais velha de Morpheus.

Diferentemente do que se esperava, ela não foi concebida por Gaiman e Dringenberg como uma figura sombria e fria, um 'esqueleto com uma foice', mas sim como uma bela garota, que se veste como uma punk, e que sempre nos passa muito otimismo e alegria, apesar do fardo que é o seu "trabalho".

Aliás, em se tratando deste assunto, sem sombra de dúvida seu irmão mais novo, Sonho, é muito mais mórbido e melancólico que ela.

Ela traz sempre consigo seu símbolo: o Ankh.

O Ankh é um símbolo muito antigo, derivado da cultura egípcia. Ele era encontrado sempre nos hieróglifos, sendo segurado pelas divindades egípcias como se fosse uma chave, o que nos remete ao seu significado como "a chave dos portões que separam a vida e a morte", já que estes desenhos eram muito comuns em pirâmides mortuárias dos faraós.

O Ankh é considerado um símbolo de vida e fertilidade, o que torna ainda mais irônico ser exatamente ele o símbolo utilizado pela irmã mais velha.

Ela não foi a primeira a vir...
mas será a última a partir.

"Quando a primeira coisa viva
existiu, eu estava lá esperando...
Quando a última coisa viva morrer,
meu trabalho estará terminado...
Então, eu colocarei as cadeiras
sobre as mesas, apagarei as luzes,
e fecharei as portas do universo,
enquanto o deixo para trás...",
disse ela a seu irmão Sonho.

A cada século ela vive um dia entre nós.

"Uma vez, a cada cem anos,
a Morte prova o amargo sabor da
mortalidade para compreender
melhor sua missão.
Este é o preço por ser a divisora
entre todos os vivos que já foram e os
que ainda irão."

Estas são suas próprias palavras sobre o assunto.

Morte acompanha a cada mortal duas vezes na vida: no nascimento, ela nos fala, mas não lembramos o que ela diz, não se sabe o porquê, e na morte, ela nos guia ao descanso eterno.

Nenhum comentário:

Postar um comentário