"There is no dark side of the moon, really. Matter of fact, it's all dark. The only thing that makes it look light is the sun." Álbum: The Dark Side of the Moon – Pink Floyd
Na verdade não existe um lado escuro da lua, de fato toda a matéria é escura. A única coisa que a faz parecer iluminada é o sol.
Pode parecer ficção científica, mas o universo possui um lado B. Este camada mais profunda da realidade subjaz ao mundo cotidiano. Podemos classificar o universo em três regiões: o conhecido, o desconhecido e o incognoscível. O conhecido é o universo cotidiano do dia, o universo como o conhecemos hoje. Este se expande conforme a ciência avança.
Vejamos um exemplo: na Europa Medieval se acreditava que a terra era o centro de um universo limitado a sete planetas: Sol, Lua, Mercúrio, Vênus, Marte Júpiter e Saturno, (eles classificavam o Sol e Lua como planetas) pregados a esferas transparentes, e algumas estrelas também grudadas a sua própria esfera, acima da esfera das estrelas era o céu, onde ficavam Deus , os anjos, e as almas dos fiéis. No centro da terra ficava o inferno, o diabo e a almas condenadas, o mundo tinha sido criado há uns poucos milhares de anos. Hoje sabemos que só na Via Láctea existem aproximadamente 200 a 500 bilhões de estrelas. Se você imaginar que a nossa galáxia é do tamanho dos Brasil, o nosso Sistema Solar seria do tamanho de uma moeda de dez centavos, e o Sol, de uma partícula de poeira! Devem haver no Universo entre 1500 a 2500 bilhões de galáxias, e o numero total de estrelas no Universo é de mais de 100 trilhões de bilhões Tente imaginar então o tamanho do Universo! Os astrônomos ponderam que seria lógico assumir que o Universo, tem aproximadamente 13 bilhões de anos.
Mas mesmo com todo o nosso avanço científico ainda há um infinito número de coisas que não sabemos, mas quem sabe um dia viremos à saber, este é desconhecido. Um exemplo disso é nova ciência da parapsicologia, ainda pouco acreditada nos meios científicos mais conservadores, Há uma tradição dentro do senso comum que sustenta que os mundos subjetivo e objetivo são completamente distintos, sem que haja qualquer implicação entre eles. O subjetivo existe “aqui, dentro da cabeça”, enquanto que o objetivo existe “lá, no mundo externo”. A Parapsicologia é o estudo de fenômenos que sugerem que talvez o subjetivo e o objetivo não estejam tão separados como normalmente se pensa. Pode a mente interferir na matéria? Do ponto de vista da ciência do século XIX a resposta era definitivamente não. Para a ciência clássica a mente nem mesmo existia, era só um epifenômeno, uma falsa sensação criada no cérebro por descargas elétricas e compostos químicos chamados neuro transmissores. Só o que existia era a matéria bruta. Tudo que não fosse passível de medição não podia ser real. Mas hoje nem os físicos acreditam mais nisso, a ciência moderna mostra que o universo é mais misterioso que parece, conforme a física moderna, matéria se transforma em energia e vice versa, elétrons aparecem em dois lugares ao mesmo tempo, um elétron pode assumir a forma de onda ou partícula e o que determina isso é o observador, viajantes com velocidades próximas a da luz podem viajar no tempo, partículas surgem do nada como mágica por causa do fenômeno chamado “flutuação quântica”, e muitas outras esquisitices. Um fenômeno interessante estudado pela parapsicologia é poltergeist esse fenômeno envolve ocorrências físicas tais como chuvas de pedras, movimentação, quebra, aparecimento e desaparecimentos de objetos, pirogenia (Surgimento espontâneo e inexplicável de fogo), aparecimento de água, sons e luzes sem nenhuma explicação "normal" para esses eventos. Modernamente, os parapsicólogos atribuem a determinadas pessoas vivas a origem dos fenômenos de poltergeist. Tais indivíduos, denominados epicentro, seriam dotados de excepcional poder telecinético (Poder de mover objetos com a mente). Em certas ocasiões, em virtude de algum trauma emocional, esse poder se manifestaria em forma de ação física sobre os objetos próximos. Normalmente o indivíduo que provoca o fenômeno poltergeist, não tem consciência de que ele é fonte da perturbação, pois o mecanismo do fenômeno é inconsciente.
E ainda existe um número infinito de coisas que nunca poderemos saber, este é o incognoscível. Embora nosso enorme orgulho quanto a nossa razão, a mente humana é limitada, e portanto nosso conhecimento racional será sempre limitado! Segundo O filosofo Emanuel Kant, o númeno, a realidade em si mesma, seria incognoscível, já que conhecemos o real apenas como objeto de nosso conhecimento e portanto sujeito às determinações da estrutura de nossa consciência.
Segundo Carlos Castañeda o bruxo yaque Don Juan teria dito algo muito semelhante a Kant :
A primeira verdade sobre a consciência é que o mundo exterior não é realmente como pensamos. Achamos que é um mundo de objetos, mas não é. Não é tão sólido e real como nossa percepção foi levada a crer, mas também não é uma miragem. O mundo é uma ilusão, como tem sido dito; ele é real por um lado, e irreal por outro. Preste muita atenção nisso, pois isso deve ser compreendido, e não simplesmente aceito. Nós percebemos. Isto é um fato concreto. Mas o que percebemos não é um fato concreto, porque aprendemos o que perceber.
Algo lá fora afeta nossos sentidos. Esta é a parte que é real. A parte irreal é o que eles dizem estar lá. Tome uma montanha, por exemplo. Nossos sentidos dizem-nos que se trata de um objeto. Ela tem tamanho, corpo, forma. Nós temos até várias categorias de montanhas, extremamente precisas. Não há nada de errado com isso; a falha está simplesmente em que nunca nos ocorreu que nossos sentidos desempenham apenas um papel superficial. Eles percebem do modo como o fazem porque uma qualidade específica de nossa consciência força-os a atuar desse modo.
O filosofo Nietzsche também faz uma feroz crítica ao atomismo materialista de se tempo:
“Toda a nossa ciência se encontra ainda sob a sedução da linguagem, não obstante seu sangue-frio, sua indiferença aos afetos, e ainda não se livrou dos falsos filhos que lhe empurraram os ‘sujeitos’ (o átomo, por exemplo, é uma dessas falsas crias...)”
A fonte de toda a realidade escapa totalmente a mente racional, isso é um fato. Só a nossa vaidade não nos deixa perceber isso, somos vaidosos de de sermos seres racionais. Segundo a Cabala Qliphotica, esse outro lado se chama Sitra Ahra. “No Princípio era o Caos”. Todas as mitologias antigas começam assim. Saber como surgiu o universo sempre foi uma pergunta que perseguiu o ser humano, o universo deveria ter tido um começo afinal “nada surge do nada”. Foi aí que o ser humano criou os “deuses”, eles eram a explicação perfeita para a pergunta de como o mundo surgiu. Mas em todas as antigas mitologias antigas as forças da escuridão antecedem a luz e os deuses sempre devem derrotar essa forças caóticas para impor o ordem ao universo. Mas a despeito da nossa pretensão de exorcizá-las, as forças do Caos permanecem o que sempre foram e vez por outra emergem para a nosso “túnel de realidade” como que para nos provar que o Universo conhecido se encontra em um frágil equilíbrio pronto a esfacelar-se e revelar a face sombria das forças das “emanações esquerdas”. O universo é todo escuro, ou seja, caótico, sombrio, é só a luz das nossas mitologias religiosas ou científicas, que ele parece luminoso. Mas existe uma brecha para este outro lado caótico. Uma rachadura no universo convencional que conduz a este reino escuro. Essa rachadura é conhecida como Daath (Eu sempre achei interessante como Daath é parecido com Darth, o título de nobreza dos guerreiros Sith em Star wars, será só coincidência, ou o nome soa parecido de propósito? “Venha para o Lado Negro da Força”. Brincadeirinha...). Esta é a porta de passagem para o mundo sinistro. Daath tambem eh “Conhecimento”, ou seja, a pura Gnose. Daath é como um labirinto de espelhos onde vemos imagens distorcidas de todas as coisas, inclusive de nós mesmos. Essa passagem escura é a morada de muitos demônios como Chorozon que o Mago de Mão Direita teme e deve vencer para atingir as sephirot da tríade superior. Mas para o mago de mão esquerda não há nada o que temer, pois em Daath, ele simplesmente deve se deixar arrastar pelas correntes infernais que o levaram cada vez mais fundo e o farão passar para o outo lado. Quanto mais fundo o mago desce o túnel escuro mais a mente do mesmo se torna confusa e mais ele se debate na angústia daquilo que seu intelecto não consegue compreender. Este estado de confusão mental, angústia e total desespero diante do incognoscível é o que se conhece como experiência de Choronzon.
A passagem por Daath é como um batismo negro onde você “morre” para o universo A (o conhecido), onde você é uma mera criatura, e “renasce” no universo B, onde você se torna seu próprio criador e seu único deus. Os demônios de Daath são inimigos do mago de mão direita, mas para o mago de mão esquerda eles são só anjos negros tentando libertá-lo. Eles consomem o eu antigo do mago, para que o novo eu possa nascer. Se a passagem pela brecha se compara a um novo nascimento, os demônios seriam os parteiros, que ajudam no processo! Tudo isso não quer dizer que todo o processo não seja um tanto quanto traumático, enfrentar seus demônios nunca é totalmente isento de dor, mas quando você nasceu para esse mundo, também foi um grande trauma, só que você não se lembra.
Quando você renascer em Sitra Ahra, você verá o mundo com seus novos olhos, e tudo permanecerá igual e paradoxalmente tudo parecerá diferente. Você dispertará “poderes” que nem suspeitava que possuía. Você é que não vai mais reconhecer você mesmo!
Pena que chegar a Daath não seja uma tarefa simples, Naturalmente existem pessoas melhores dotadas (como em tudo na vida) que tem maior facilidade para atravessar para o lado B, mas normalmente essa tarefa demanda muitos anos e um enorme esforço. Também é preciso ressaltar que passar para o lado B não é para todos. Na verdade é para uma pequena minoria. É uma escolha pessoal que exige imensa coragem e autoconfiança, e nós sabemos que a maioria das pessoas não tem isso, além do mais todo mundo tem livre arbítrio e pode fazer oque bem entender.
Fontes: Cabala Qliphotica e Magia Goética Thomas karlsson
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