21 de março de 2013

Vampiros nos Quadrinhos


Os quadrinhos surgiram como uma forma de literatura popular em 1930, a partir das "tiras" que tinham se tornado um item padrão nos jornais. O primeiro vampiro provavelmente apareceu em uma das primeiras revistas em quadrinhos, chamada More Fun. Cada edição de More Fun continha uma história em série do Dr. Occult, um detetive fantasma que lutava contra vários vilões sobrenaturais.
Na edição no 6, a primeira tarefa do Dr. Occult colocou-o frente a uma criatura chamada "Vampire Master" (mestre Vampiro). Sua maldade não-morta foi interrompida com uma punhalada no coração. Antes do fim da década, no outono de 1939, Batman, enfrentaria um vampiro nas edições 31 e 32.

Nos anos 50 foi que surgiu a maior parte das HQ dos games de horror, Adventures into the Unknown foi uma das bens sucedidas e tinha sempre pelo menos 1 história de vampiro em seu volume; também em 1950, William Grimes e Feldman lançaram Crypt of Horror, mais tarde intitulada Tales from the Crypt, que foi prontamente seguida por Vault of Horror e Haunt of Fear. Durante os quatro anos seguintes, mais de cem títulos de revistas em quadrinhos juntaram-se aos esforços pioneiros. Entre os quadrinhos de horror dos anos 50 estão vários títulos da Atlas Comics (mais tarde Marvel Comics), tais como Suspense Comics, Mystic e Journey into the Unknonw, cada um deles contendo Histórias de vampiros. A Eerie no 8, da Avon (agosto de 1953) tornou-se a primeira de muitas a adaptar o romance DRÁCULA, DE BRAM STOKER, para HQ.

Em 1954 e 55, os quadrinhos sofreram pressão para amenização de suas histórias, o que fez desaparecer os quadrinhos de horror das lojas, só em 1965 a lei foi renovada e ainda vigora, motivo pelo qual são poucos os títulos de horror/vampiro. Esta lei, exigia a descontinuação das palavras "horror" e "Terror" no título das revistas e proibia, entre outras coisas, cenas de depravação, sadismo ou excessiva horribilidade. Um dos parágrafos abordava fortemente os principais personagens associados com história de horror:

Cenas ou instrumentos, associados aos mortos ambulantes, tortura, vampiros ou vampirismo, violadores de túmulos, canibalismo ou lobisomens ESTÃO PROIBIDAS.


Assim, em Outubro de 1954, Drácula e sua família foram banidos das páginas das revistas em quadrinhos. Em 1958, um novo tipo de revista foi descoberto e não se enquadrava nas leis pois foi projetada em tamanho diferenciado (21.0 x 28.0 cm) e com cenas de cinema, Monsters of Filmland, Tecnicamente, esse tipo de revista, a Creepy não era uma revista em quadrinhos, mas atingiu a mesma audiência juvenil. Foi bem sucedida que foi seguida por Eerie, no mesmo formato. Naquele mesmo ano, os vampiros voltaram sorrateiramente aos quadrinhos através de The Munsters, que apresentava 2 vampiros, Lily e Grandpa (na realidade o Conde Drácula), mas sem sangue visível.

Finalmente, em 1966, a Dell decidiu lançar uma Segunda edição de Drácula. Embora com a numeração contínua, a história totalmente diferente e um "Drácula" novo como super-herói. Em 1969, com o aumento da pressão para revamirizar o Código e propiciar alguma liberação em sua implementação, a Gold Key lançou os primeiros novos quadrinhos destacando o vampiro com figura central. Assim como The Munsters, Dark Shadows, baseava-se em uma série de TV e retratava as aventuras do vampiro Barnabas Collins.

Dark Shadows, foi seguida de Vampirella¸ da Warren Publishing Company, em Setembro de 69. Vampirella, destacava uma vampira do espaço sideral em suas histórias que combinavam humor, horror e romance, tornado-se a HQ mais popular e duradoura na história dessa mídia. Em 1 de janeiro de 1971, finalmente houve a revisão do código das HQ que continuava a proibir cenas de sangramento excessivo, tortura ou sadismo, todavia, uma sentença importante concernente aos vampiros foi reescrita desta forma: Vampiros, violadores de túmulos e lobisomens serão permitidos quando abordados na forma clássica como Frankenstein, Drácula e outras obras de alto calibre literário escritas por Edgar Allan Poe , Saki (H.H. Munro), Conan Doyle e outros autores respeitados cujos trabalhos são lidos nas escolas em todo mundo.

A Marvel Comics reagiu imediatamente à nova situação. Lançou uma linha de novos títulos de horror em 1972 e liderou o retorno do vampiro. Juntando-se a Vampirella, The Tomb of Dracula que durou setenta edições e voltou amarrada às aventuras dos Midnight Sons, em 90 a Marvel introduziu um novo vampiro, Morbius. Depois de várias apresentações como um vilão convido em outras revistas da Marvel, Morbius tornou-se parte do elenco regular, aparecendo em Vampire Tales (iniciada em 73) e como personagem principal em Fear (iniciada em 74), mais recentemente tornou-se parte integrante dos Midnight Sons.

Na década de 70 houve uma queda nas revistas de horror graças a grande gama de Super Heróis, os quadrinhos de vampiros praticamente morreram. The Tomb of Dracula foi descontinuada em 79. Vampirella foi editada pela última vez em 1981. Com duas exceções, nenhuma revista em quadrinhos com um vampiro como personagem principal foi editada no início e em meados de 1980.


Em 81, a DC Comics, lançou um novo vampiro na revista intitulada "I.... Vampire", em 29 edições de março de 81 a agosto de 93. A DC lançou também outro personagem vampírico, Homem-morcego (Man-Bat) que apareceu periódicamente durante a década geralmente em associação com Batman. Após a morte de Tomb of Dracula em 79, e de seu seguimento em 1980, Drácula fez uma série de aparecimentos como vilão em quadrinhos da Marvel. Um encontro definitivo deu-se em Doctor Strange (no 62, dezembro de 1983). Numa disputa com Drácula, o ocultista Dr. Stephen Strange executa um ritual mágico, que aniquila Drácula e supostamente mata todos os vampiros do mundo. Com esse ato, a Marvel aboliu o vampiro da Marvel Universe.


O REAVIVAMENTO DO VAMPIRO:

Após esse baixo ponto de interesse, os quadrinhos de vampiro começaram a voltar em 1990, fizeram -no dentro de um contexto completamente diferente. A primeira edição de Bood of the Innocente, o primeiro dos novos quadrinhos de vampiro, foi lançada no início de 86 pela WarP Comics. Duraram 4 edições e foi seguida de Blood of Dracula. A Marvel, entrou no cenário com seu título vampírico nada convencional Blood (quatro edições 87/88) . Em 89 a Eternity Comics lançou os primeiros títulos de duas séries de quatro, Dracula e Scarlet in Gaslight. Depois, em 1990, a Innovation lançou uma adaptação em doze edições do best-seller de Anne Rice, The Vampire Lestat. Esses seis títulos anunciaram a espetacular expansão da editoração de revistas em quadrinhos, que se tornou evidente em 1991. Os dez novos títulos de vampiro que apareceram em 1990 transformaram-se em 23 títulos em 1991. Em 1992, nada menos que 34 novos títulos foram publicados, seguidos de números idênticos em 1993 .

Em 1983 a Marvel tinha eliminado todos os vampiros e durante seis anos nenhum deles apareceu. Em 89, Morbius reapareceu na edição no 10 (novembro de 89) de Dr. Strange: Sorcerer Supreme. A capa de Dr Strange: Sorcerer Supreme no 14 anunciou a volta dos vampiros ao universo Marvel.

The Vampire Lestat, da Innovation, destacou um dos melhores exemplos de desenho nesse campo, o seu sucesso justificou uma série igualmente bem-feita de adaptações dos romances de Rice, Interview with a Vampire e The Queen of the Damned. Segundo a liderança da Innovation, a adaptação de "Carmilla", Death Dreams of Dracula, Dracula the Impaler, Dracula's Daughter, Night's Children, Nosferatu e The Tomb of Dracula. Em 91 a Harris Comics adquiriu os direitos de Vampirella e a reviveu com um novo roteiro que usava a personagem-título de dez anos antes do último episódio da série original. A resposta do público levou a uma nova Vampirella em cores e a um conjunto de reimpressões da série original.

Mil novecentos e noventa e dois provou ser também um ano de crescimento par aos quadrinhos de vampiro, com um aumento de 50% em novos títulos em relação ao ano Anterior. A Innovation, (a de The Vampire Lestat) continuou na liderança com séries resumidas da TV, Dark Shadows. Seus desenhos tiveram como rivais também Bram Stoker's Dracula, Blood Is the Harvet, Children of the Night, Cristian Dark, Dracula in Hell, Dracula, The Suicide Club, Little Dracula e Vampire's Kiss de várias outras editoras independentes e que contribuíam para o aumento dos títulos vampíricos.


Novas impressões de The Tomb of Dracula, Requiem for Dracula, The Savage Return of Dracula e The Wedding of Dracula, da Marvel Comics também aqueciam o mercado.


O FUTURO:


É difícil prever quanto tempo durará o boom dos quadrinhos de vampiro que se iniciou nos fins dos anos 80, e quão permanente será seu efeito. Entretanto, a indústria descobriu que o vampiro, muito mais do que qualquer outra criatura do horror, tem uma grande audiência entre jovens e adultos, que reagem favoravelmente a uma dieta constante de histórias de vampiros novas. Não há motivos para não acreditar que o vampiro será um aspecto significativo de arte das histórias em quadrinhos no futuro previsível.

Quaisquer dúvidas, não tenham medo, pesquisem, irão descobrir como é amplo o mundo dos quadrinhos e como os vampiros são seres que estão em todos os lugares e que jamais deverão ser esquecidos, Ah, desencanem se quiserem que eu coloque além dos títulos ai de cima a empresas das revistas, é muita coisa e muito variados.... como disse pesquisem, vocês só terão o que aprender.

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