13 de abril de 2013

Hellhounds (Cães do Inferno)



Cães Negros fazem parte do folclore da Inglaterra onde são conhecidos por Barghest que aparecem para anunciar a morte, e são descritos como "cães negros, enormes, com grandes olhos vermelhos e incandescentes, que têm a estranha capacidade de desaparecer em um estalar de dedos".
São seres sobrenaturais que costumam ser vistos em encruzilhadas, e são geralmente ligados ao inferno. Entretanto, não é só na Inglaterra, que essa lenda persiste, e sim, em todo lugar não só como “cães negros”, e sim, como “Lobisomens” - que faz parte da categoria canina. Homens que viram lobos (cães), em noite de lua cheia.
Voltando ao assunto. “Cães Negros”, eles são relatados em vários cantos do mundo, como na África do Sul, em 1963: dois homens viram um animal parecido com um cachorro cruzar a frente do carro. Instantes depois surgiu um OVNI. Outro caso de encontro com esses seres misteriosos foi contado por Theodore Ebert, de Pottsville, na Pensilvânia, na década de 50 ele afirma que: “Certa noite quando eu ainda era garoto, caminhava com alguns amigos pela estrada Seven Star e um grande cão negro apareceu do nada e ficou entre mim e um amigo. Quando fui acariciá-lo, ele desapareceu. Desapareceu em um estalar de dedos”. Em outros casos eles nem sempre são vistos como seres do mal. Na Grã-Bretanha, suas lendas contam que os cães negros apareciam às pessoas nas estradas para conduzir as mesmas, como um espírito protetor; Já na Inglaterra, ele surgia para ameaçar as pessoas ou somente para passar um prenúncio de morte.

Em muitas culturas eles são vistos como guardiões dos portões universais, o que não é estranho já que ele protege os portões de sua casa. Em um exemplo, na Mitologia Grega, Cérbero ou Cerberus era um monstruoso cão de múltiplas cabeças e cobras ao redor do pescoço que guardava o portão do inferno, no reino subterrâneo de Hades, deixando as almas entrarem, mas jamais saírem e despedaçando os mortais que por lá se aventurassem; Na “Divina Comedia”, Cérbero aparece no inferno dos gulosos, onde ele come as almas gulosas por toda eternidade com seu apetite descontrolado.

Antigamente associavam o cão a uma das formas do coisa-ruim. Na cultura popular é mais comum ouvir isso do que se imagina. O grande cantor e guitarrista de blues Robert Johnson tinha seu talento atribuído a um pacto feito com um homem vestido de preto (o demônio) que conheceu em uma encruzilhada, fato que ele conta em um de seus blues mais famosos, "Cross Road Blues", que talvez, por conseqüência deste ato o levou a escrever uma outra musica sinistra, que diz:

I’ve got to keep moving’...Ther’s a Hellhound on my trail.

Traduzindo: “Tenho que prosseguir... Há um cão do inferno atrás de mim”.

Um dos relatos mais antigos sobre a aparição de um destes seres é contado no Annales Franorum Regnum de 856 dC. Neste manuscrito é relatado como uma repentina escuridão envolveu uma igreja durante uma missa e como um grande e misterioso cão negro que soltava faísca pelos olhos apareceu e se pôs a inspecionar o recinto, como se procurasse por alguém ou alguma coisa, até que, de modo súbito, desapareceu.

Outro caso que estranhamente se passou também em uma igreja, aconteceu em 4 de agosto de 1577, em Bongay, a cerca de Norwich, Inglaterra. O manuscrito conta que durante uma tempestade um cão negro entrou na igreja e disparou correndo no corredor. O sombrio animal foi responsável pela morte de dois cidadãos que se encontravam no local e ainda queimou um terceiro. Seriam eles "caçados" como o cantor de blues? Assim como todas as coisas sobrenaturais, não se sabe ao certo. Mesmo assim as aparições são evidentes.

Em Devorich na Inglaterra, numa noite de 1984 um homem em Devonshire, conta o que avistou: “Uma maldita coisa preta e enorme... freei bruscamente e ela, à luz dos faróis, diminuiu o passo e andou na direção do carro. Aqueles seus olhos, eu os vi claro feito o dia, eram verdes e vidrados; ela olhou bem na linha do capô, pois era daquela altura, e foi embora!... Como uma luz que se apaga. Não a vi mais. Não é real como um cachorro comum. Senti meus cabelos se eriçarem na nuca”. Com tudo, não se sabe ao certo o por quê de suas aparições. Na maioria das vezes eles aparecem para procurar algo ou alguém. Caçadores ou guardiões? Talvez os dois. Seja o que for, rezem para não o encontrarem, porque as conseqüências podem ser graves.

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