O que é chamado de Vitoriano na Subcultura Vampyrica, nem sempre é uma referência histórica. E sim, é uma referência a estilos visuais, decorativos, fashionismo, decoração, obras literárias e afins.Tanto que muitas vezes roupas "edwardianas" e dos tempos "de Henrique VIII" são também genéricamente chamadas vitorianas.Falar "Vitoriano" é um termo adjetivo para um amplo conjuto "estético" na Subcultura Vampyrica.
Este aprêço pelo vitoriano acontece pela complexidade dos detalhes presentes nos estilos assim chamados.Pela elegância, glamour e exotismo.Há um toque de riqueza, de romantismo e de refinamento ao chamarmos de "vitoriano".Existem mais possiblidades descritivas, mas elas pertencem ao subjetivo e pessoal de cada Vamp ou Simpatizante.
Note que é práticamente impossível para um "Vamp" ou "simpatizante" imaginar-se como algum tipo de sequenciamento ou continuídade desta época nos dias de hoje.O Humano é datado, cada época tem seus valores, linguagens, posturas e somos frutos de muitas revoluções sociais, técnológicas e de valores sociais que ocorreram desde estes tempos.
Muito da estética Vitoriana que vemos associadas a integrantes da Subcultura Vampyrica vêm inspiradas por romances de épocas e filmes.Roupas fascinantes, mas como Subcultura seríamos incapazes de existir no século XIX ou mesmo antes.Não somos nenhum tipo de sequenciamento de jovens adultos decadentistas ou dândis daqueles tempos.
No entanto, é irônico como vestir roupas e mesmo aparelhos técnológicos modernos com a estética vitoriana re-paginada é uma crítica social poderosa.Tudo que se veste ou comporta-se de forma não esperada ou alternativa aos desígnios da cultura dominante, é uma forma de criticar ou de expressar valores confrontativos.Isto não implica e nem justifica agressões físicas, grupos de intolerância, didáticas de violência ou perseguições de nenhuma forma.
Embora nós vivemos no limiar do século XXI, muitos valores sociais ou mecânicas que movimentam determinadas posturas continuam conectadas e quase coerentes com as de pessoas do século XIX...Até mesmo a sede de escapismo de sí e a centralização das pessoas em doutrinas metafísicias não hierárquicas, que apenas ilustram a estrutura de uma empresa e prometem felicidade num futuro heurístico ou hipotético posterior.Outro ponto complicado é o temor de "rótulos" ou sua "negação", como forma de "fingir" ou de "fugir" vínculos sociais e afetivos.No "mundo" tudo tem forma, discurso e um certo teor combativo e confrontativo.
Nos tempos do vitorianiano, os rococós e detalhes dos móveis mais pontudos eram cobertos por esparadrapos - para "não ofenderem" com suas formas fálicas, as mulheres e os homens da boa sociedade.Não era uma questão de sutileza e sim uma estética exageradamente representativa de valores presentes em um monoteísmo exarcebado.
No entanto, o homem ou a mulher em busca de seus prazeres fazia tudo as escondidas em bordéis e casas de ópio ou ainda em sociedades secretas variadas.Para a sociedade inventava uma fachada e encenava uma vida num processo extremamente penoso e destrutivo.Isto será denunciado nas obras dos chamados "poetas malditos".
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