17 de março de 2012

A Questão do Duplo

A QUESTÃO DO DUPLO, NÃO É EXCLUSIVIDADE E SEQUER FOI INVENTADA NO EGITO E NEM MESMO EXISTE DOCUMENTAÇÃO REAL OU EFICAZ SOBRE TAIS PRÁTICAS NAQUELA REGIÃO - ISSO APARECE DE FORMA RE-INVENTADA DEPOIS DE NAPOLEÃO:

Cronologia, Etimologia, História da Arte deveriam ser o primeiro objeto de estudo e apreciação para quem se interessa por Vamps - principalmente em fontes externas a índustria cultural que margeia nossa cena.Aqueles que apreciam as temáticas "místicas" e alegam possuírem seus conhecimentos revelados, dificilmente podem ser comprovados muito além do ocultismo vitoriano e propostas newagers ou orientalistas puerís.

Não precisamos repetir informação mal-elaborada de norte-americano e cujos muitos dos resultados são apenas o auto-sugestionamento ou tornar-se um "pasto-de-morto".Em todas as épocas, cultos aos ancestrais e heróis regionais ou de uma etnia - não consistiam apenas de chama-los ou oferecer velas e oferendas.Havia um fundamento que foi sublimado e pesadamente distorcido no continente europeu desde sua conversão ao cristianismo.

Era o Daemon dos Gregos, o Genium Locci dos Romanos, a Fylgja dos Nórdicos, o Butho dos Ciganos, o Exú (enquanto orixá) dos Africanos, o Malach dos Hebreus e o Ká dos Egípcios.Este era uma sabedoria dos tempos tribais, presente em quase todos os povos da Terra - e uma das principais fundamentações dos antigos cultos de fertilidade da terra.Agia como mensageiro, conselheiro, espião, vingador - era acessado principalmente pelo nosso lado lúdico e era um "duplo" nascido espiritualmente da placenta que nos envolve quando in útero.

A responsabilidade principal do "Daemon" era cuidar da pessoa, do seu material, do financeiro e das nescessidades básicas.Ele intermediava o contato entre a pessoa e sua deídade principal.Era também o guardião contra mau-olhado, ataques mágicos e que administrava a tal da "sorte" e poder de atrair o que precisa para sí.

Nos tempos da Íliada era associado como "Drachen" (serpentes aladas, com chifres e que cuspiam fogo nos mitos da antiguidade) Hoje em dia é mais facilmente traduzido como "Dragão". Sob uma visão histórica e resgatada neste livro, constato que termos como "dragão interior" ou "dragão exterior" muito utilizados ao longo da Subcultura Vampyrica - são realizados sem a devida fundamentação ou pesquisa apropriada - dos autores até o ano de 2009.

Outro erro grave de interpretação comum é pensar o "Daemon" como o demônio ou o diabo do monoteísmo do bem ou do monoteísmo do mal.O termo "Daemon" é muito anterior e encontra referências até entre os filósofos gregos como Sócrates.Ele dizia possuir um "Daemon muito bom".O próprio conceito do "guardião/mensageiro" é tribal e encontrado em muitos lugares da face da Terra até os dias de hoje.Não foi inventado no Egito, como tornou-se comum atribuir a "origem adjetiva" desde o século XVII.

Quando os gregos lá no século II ou III (ano 200 da era vulgar) traduziram livros que compõem a bíblia do hebraico para o grego, se depararam com uma palavra de díficil tradução: "Malach". Ela referia-se ao tradicional simbolo apotropáico do "guardião" pessoal e as vezes coletivos, que agem como mensageiros, guardiões, vingadores e etcs - igualmente presente em todas tribos da face da Terra.

Os católicos "gregos" se viram numa encruzilhada...pois a única palavra apropriada para traduzirem era "Daemon" ou "Genium Locci" - o nome dado pelos habitantes do mar egeu ao tal do símbolo apotropáico do guardião, vingador e etc pessoal ou coletivo. O termo Daemon ou Genium Locci eram pagão, politeístas ou até panteista. Ou seja o Daemon ou o Genium Locci tinham milhares de tons de cinza e de cores assim como o Humano, os Deuses e o Ecossistema. Era um termo perigoso pela abrangência e que contrariava a noção bipolar ou dicotômica do monoteísmo.

Logo os gregos acabaram por utilizarem o termo "angelus", que apenas designava "mensageiro" que naqueles tempos não tinham caráter do bem ou do mal na visão do monoteísmo.Era mais ou menos neutro. A Igreja se organizou e atribuiu novos elementos de identidade pessoal ao "angelus" e ele acabou sendo costumeiramente apresentado na cultura dominante e na religião monoteísta dominante como entre outras coisas "só bonzinho", cagueta, dedo duro, loirinho de olhos azuis (mesmo quando você é de outra etnia) e outros equívocos. E como se não bastasse, ainda inventaram um diabo pessoal. A dicotomia é muito complicada.

Lá de 380 da era vulgar até a idade média, os místicos e seu conhecimento revelado, vão criar tudo que você possa imaginar dentro desta mediação simbólica ou do repertório explicado no parágrafo anterior. "Pactos com o diabo" que são o conteúdo básico dos "grimóriuns" monoteístas e outras insanidades. Vamos apenas pontuar que quando a pessoa não cai no próprio auto-sugestionamento, pode cair nas mãos de tornar-se um "pasto-de-morto".

Apenas para fechar, por enquanto, o símbolo apotropáico do guardião/ mensageiro pessoal têm a função de cuidar de você aqui na terra e das suas nescessidades. O seu Deus ou Deusa pessoal, só interfere em assuntos assim quando é coisa muiiito grande.

O Daemon ou Genium Locci são os responsáveis pela sua prosperidade aqui e agora.Na vertente politeísta ou panteísta da Subcultura Vampyrica seu nome mais apropriado é o Dragão Interior. Enquanto que o Daemon da sua deídade pessoal é o equivalente ao Dragão exterior. Ressalto apenas, que saber esta teoria não fundamenta e nem habilita o leitor a automaticamente imaginar-se em contato ou com seu Daemon próximo a sí. O processo de aproximação é delicado e requer mediação experiente - e tempo, muito tempo de prática e substanciamento monitorados.

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